No Brasil, um estudo do Intencional Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC) mostrou frequência média de 12,5% de rinite alérgica entre crianças de 6 e 7 anos e de cerca de 20% em adolescentes com idades de 13 a 14 anos. Atualmente 1/3 da população mundial sofre de rinite alérgica. Acontece que grande parte das pessoas afetadas  não acreditam que possuem a doença. Elas pensam que têm baixa imunidade, que ficam resfriadas com frequência, não dando a devida importância.A rinite alérgica é uma doença inflamatória das mucosas do nariz, não contagiosa, que pode se iniciar em qualquer período da vida, mas é pouco frequente antes dos 12 meses de idade. 

O nariz é responsável pela proteção inicial contra elementos tóxicos e irritantes que inalamos. Existe um mecanismo de defesa para impedir que essas substâncias alcancem os pulmões. 

A rinite alérgica pode ter características hereditárias, mas mesmo que nenhum dos pais tenha o distúrbio, ela pode se manifestar. Qualquer pessoa pode adquirir uma alergia ao longo da vida. Isso significa que podemos  conviver com determinada substância por muitos anos e vir a desenvolver sintomas de rinite mais tarde.

 

Os principais sintomas da Rinite Alérgica são:

  • Congestão ou obstrução nasal
  • Espirros
  • Coriza/nariz escorrendo
  • Coceira no nariz, garganta, olhos e ouvidos
  • Lacrimejamento dos olhos
  • Tosse
  • Dor de cabeça
  • Alterações no olfato e paladar
  • Cansaço
  • Dificuldade de concentração e aprendizado na escola ou no trabalho, acarretando baixo desempenho
  • Dificuldade para dormir

Entretanto, seus sintomas podem ser controlados com grande eficácia e a criança pode permanecer sem sintomas por um longo período.

Os principais fatores desencadeantes de rinite alérgica são os chamados aero alérgenos domiciliares, entre os quais se destacam os ácaros que são pequenos bichinhos que não podem ser vistos a olho nu, porém estão presentes em grande quantidade dentro da nossa casa e outros ambientes. Dentro de um colchão, por exemplo, podem ter cerca de 2 milhões de ácaros. Eles também vivem em tapetes, cortinas, almofadas, bonecos de pelúcia, etc.

pólen também desencadeia em contato com as mucosas de pessoas alérgicas uma reação inflamatória, cujas características são a rinite e conjuntivite. Ocorre uma sucessão de espirros. O nariz, os olhos e a garganta coçam intensamente; há congestão nasal e os olhos se tornam vermelhos e lacrimejantes. A rinite pode surgir também pelo contato com a saliva, descamação da pele e urina de gatos e cachorros e descamações provenientes de baratas e fungos.  

 

Dicas de prevenção da rinite alérgica: 

Evitar travesseiro e colchão de pena.

Usar travesseiros de espuma, fibra ou látex, sempre que possível envoltos em material plástico (vinil) ou capas impermeáveis aos ácaros.

Limpar o estrado da cama limpo duas vezes por mês.

As roupas de cama e cobertores devem ser trocadas e lavadas regularmente com detergente e em altas temperaturas (>55ºC) e secadas ao sol ou ar quente.

Evitar tapetes, carpetes, cortinas e almofadas. Dar preferência aos pisos laváveis (cerâmica, vinil e madeira) e às cortinas do tipo persianas. Ou, de material que possa ser limpo com pano úmido.

Evitar bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas e caixas de papelão. 

Passar pano úmido diariamente na casa ou usar aspiradores de pó com filtros especiais 2x/semana.

Evitar banhos extremamente quentes e oscilação brusca de temperatura.

 

Caso esteja apresentando algum dos sintomas relatados no texto, entre em contato conosco. Marque uma avaliação médica com um dos nossos especialistas e comece logo seu tratamento.